domingo, 17 de junho de 2012

Artigo Préclínica!


Faculdade Leão Sampaio
Curso de Odontologia
Pré-clínica
Prevalência de Distúrbios da Articulação Temporomandibular em Crianças e Adolescentes Brasileiros e sua Relação com Má-oclusão e Hábitos Parafuncionais: um Estudo Epidemiológico Transversal – Parte II: Distúrbios Articulares e Hábitos Para funcionais.

Autores: Luiz Felipe de Miranda Costa*
Josemar Parreira Guimarães**
Alfredo Chaobah***
J Bras Ortodon Ortop Facial 2004; 9(50):162-9.
Artigo N° 17, aluna: Isabela Fechine Cruz

Onicofagia, hábitos como o de ranger ou apertar os dentes, morder objetos, lábios ou bochechas, goma de mascar, dentre outros, têm sido descritos como fatores iniciadores ou perpetuadores e, portanto, potencialmente capazes de originar distúrbios da articulação temporomandibular (DTM). Tal distúrbio consiste, a uma série de fatores que comprometem essa articulação e que se manifesta principalmente com dor, que pode irradiar para: cabeça e braços, estalos ou crepitações, dificuldades de abrir ou fechar a boca.
Nesse contexto, destacamos os hábitos parafuncionais,que têm recebido amplo destaque na etiologia dos DTM. Os hábitos são resultantes da repetição de um ato que possui uma finalidade, geralmente são agradáveis, aparecem de necessidades psicológicas e trazem satisfação pessoal para o indivíduo que o realiza.Desta forma,sobrecarregando a articulação temporomandibular ou os músculos da mandíbula que podem agravar a patologia e gerar uma série de desconfortos em diferentes níveis, como o bruxismo e o apertamento dentário, que provocam  manifestações diversas em todos os componentes do sistema mastigatório, variando de dores e fadiga muscular até limitação de movimentos.
Vários pesquisadores descrevem que as parafunções podem alterar o desenvolvimento craniofacial, levando a má-oclusões como mordidas de classes II e III e salientam a importância da prevenção destes hábitos e das consequências desencadeadas pelo mesmo, tendo em vista que algumas alterações podem tornarem-se difíceis de resolverem ou até mesmo irreversíveis.
A presença de hábitos parafuncionais mostrou-se bastante comum. Observou-se que 94,23% dos estudantes com DTM e 93,81% dos estudantes assintomáticos apresentavam pelo menos um hábito parafuncional. Não apresentando uma diferença significante entre ambos os grupos estudados. Mesmo quando os sexos masculino e feminino eram avaliados separadamente. Avaliou-se que a prevalência dos diferentes hábitos parafuncionais no grupo com DTM foi geralmente alta. Embora alguns hábitos tenham se mostrado mais prevalentes no grupo sintomático, entre eles: morder objetos e dormir com a mão sob o rosto.
Apesar das pesquisas disponíveis e observações clínicas, em geral, sustentarem a afirmação que os hábitos parafuncionais são fatores iniciadores ou perpetuadores em certos subgrupos de pacientes com DTM. O papel exato dos hábitos parafuncionais na etiologia dos DTM ainda não foi comprovado ate então. Uma possível explicação para a relação entre os hábitos parafuncionais e as desordens da articulação temporomandibular é fornecida por Okeson (2000). Segundo o autor, microtraumas oriundos da atividade parafuncional podem estar relacionados com o aparecimento de sintomatologia articular. Outros fatores que podem agravar a DTM são os atos de comer, bocejar, gritar ou abrir a boca exageradamente, quando realizados com muito estiramento ou compressão.
Neste contexto, percebe-se que há muita controvérsia sobre todos os assuntos envolvendo na articulação temporomandibular, talvez pela forma como as pesquisas são conduzidas nesse assunto. Ainda restaram muitas dúvidas sobre os hábitos parafuncionais na disfunção da ATM. Além dos fatos citados, é importante ressaltar que têm-se pesquisado muito os hábitos parafuncionais através de questionários, auto-relatos ou observação dos desgastes dentários, que são meios indiretos de avaliação. Portanto, é importante que se façam mais pesquisas com medidas diretas e objetivas da parafunção para se esclarecer o envolvimento das mesmas com a DTM.


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