CÉLULAS-TRONCO E FATORES DE CRESCIMENTO NA REPARAÇÃO TECIDUAL
Ricardo Junqueira DEL CARLO et al, CÉLULAS-TRONCO E FATORES DE CRESCIMENTO NA REPARAÇÃO TECIDUAL, Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v. 11, suplemento 1, p.167-169, abril, 2008.
“A partir do início do século XXI, com o advento de novos conhecimentos sobre a plasticidade das células-tronco e com o surgimento de estudos científicos que sugeriram a transdiferenciação direta ou indireta e diferenciaçãodessas células, estas passaram a ter seu emprego considerado na terapia celular (HERZOG et al., 2003; MEIRELLES et al., 2006). Atualmente, a possibilidade de tratamento com células-tronco conquistou notoriedade devido ao seu inigualável potencial terapêutico e tornou-se a principal alternativa da terapia celular (LAI et al., 2007)” (p.167)
“No Brasil, a legislação permite a retirada dessas células de blastocistos para pesquisas in vitro, porém ainda não é permitida a aplicação terapêutica dessas células em humanos. Por este motivo, pouco se conhece sobre as interações moleculares e sinalização celular dessas células com outros tecidos orgânicos e os avanços científicos obtidos advêm de pesquisas com CTE de animais, como modelo biológico ao comportamento das CTE humanas.” (p.168)
“A diferenciação das CTA é subordinada aos estímulos bioquímicos produzidos pelo tecido (nicho) ou meio de cultura no qual a célula está inserida.” (p.168)
“a atividade das CTA, não esteja completamente elucidado, reconhece-se que estas células se diferenciarão no tipo celular do tecido no qual se encontram, mediante esse estímulo. Inicialmente, acreditava-se que as CTA originavam linhagens celulares diferentes apenas por transdiferenciação e diferenciação. Segundo estas teorias, as CTA, sob estímulos específicos, sofrem transformação estrutural e funcional.”(p.168)
“Na reparação óssea, as CTA recebem estímulos pró-mesenquimais, liberados diretamente pelos FC produzidos pelos tipos celulares envolvidos. Os principais FC envolvidos nesse processo são: fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF), fator de crescimento transformador beta (TGF-β), fator de crescimento vascular (EGF), as proteínas morfogenéticas ósseas (BMP) e o fator de crescimento insulínico (IGF) (MACDONALD et al., 2007). Estes FC estimulam, em maior ou menor grau, a organização do tecido conjuntivo, angiogênese, deposição de matriz extracelular, quimiotaxia de células osteoprogenitoras e formação do tecido de granulação.”(p.169)
“Mediante o exposto, está estabelecido que os FC liberados tanto na reparação óssea quanto na cutânea são os mesmos. Mas, a plasticidade das CTA no tipo tecidual específico é dependente da interação destes FC liberados pelas células presentes no local da reparação; do sinergismo e antagonismo entre eles e da quantidade, intensidade e duração do estímulo produzido.” (p.169)
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