terça-feira, 10 de maio de 2011

2° fichamento!!

Ficha de citaçãos

Células Tronco em Odontologia

Soares, Ana Prates et al células tronco em odontologia. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 12, n. 1, p. 33-40, jan./fev. 2007.

“A perda dentária e dos tecidos periodontais pode resultar em movimento dos dentes remanescentes, dificuldade na mastigação, fonação, desequilíbrio na musculatura e comprometimento da estética dentária e do sorriso, comprometendo a auto-estima. Atualmente existem diversas terapias para substituição dos órgãos dentários, todas elas baseadas em técnicas não-biológicas e sujeitas a falhas. Apesar desta condição ser uma anormalidade comum e não ameaçar a vida do paciente, esforços têm sido dirigidos para o desenvolvimento de mecanismos para a utilização de células-tronco na reposição de tecidos bucais.” (P.33)
“Inúmeros estudos têm isolado células altamente proliferativas, derivadas da polpa dentária. Constatou-se que tais células são multipotentes e possuem a capacidade de autorenovação e de diferenciação em diversos tipos celulares.” (p.34)
“Existem evidências de que células-tronco de dentes decíduos são similares àquelas encontradas no cordão umbilical. Quando comparadas às células-tronco provenientes da medula óssea e da polpa de dentes permanentes, notou-se que as SHED (stem cells from human exfoliated deciduous teeth) apresentam uma maior taxa de proliferação. Além disso, os dados desse estudo indicam que as SHED possuem habilidade de se diferenciarem em células odontoblásticas funcionais, adipócitos e células neurais, além de estimularem a osteogênese após transplantação in vivo.” (p. 35)
“Os marcadores para as células-tronco são de extrema importância, pois estas células residem em diferentes locais dentro do tecido. São necessários mais estudos sobre marcadores específicos que possam identificar nichos de células-tronco presentes na polpa dentária in situ e sobre como se dá o desenvolvimento desses nichos.” (p.35)
“Fibroblastos isolados a partir da polpa dentária foram cultivados em matriz composta por fibras de ácido poliglicólico e, após 60 dias, exibiram celularidade similar à encontrada na polpa humana normal, indicando que esta matriz apresenta boas propriedades para a bioengenharia.” (p.36)
“Células da polpa dentária de porcos, cultivadas e tratadas com BMP-2, foram transplantadas para dentes despolpados de cães, com o objetivo de observar a diferenciação odontoblástica e a formação de dentina. A expressão do RNAm de sialofosfoproteínas da dentina (Dspp, sigla do inglês dentin sialophosphoprotein) e de metaloproteinases-20 da matriz (MMP-20, em inglês matrix metalloproteinases-20) confirmou a diferenciação de células pulpares em odontoblastos. Tal resultado comprovou o efeito estimulatório da BMP-2 para a formação de dentina.” (p.37)
“A terapia com células-tronco adultas geralmente é precedida pela compreensão de todas as suas propriedades, o controle de sua proliferação e os fatores que determinam sua diferenciação. A regeneração de um órgão dentário não é simples, pois seu desenvolvimento é determinado por interações complexas e inúmeros fatores de crescimento e, ainda, a diferenciação celular está ligada a mudanças morfológicas no decorrer da formação do germe dentário. Tem sido proposta a utilização de células-tronco adultas em diversas áreas da Odontologia.” (p.37)
“O objetivo da Odontologia conservadora é restaurar ou regenerar os tecidos dentários para manter a vitalidade, a função e a estética do dente. Gronthos et  al, iniciaram estudos para isolar células-tronco da polpa dentária a partir de terceiros molares humanos impactados. Em meio de cultura composto por L-ascorbato-2-fosfato, glicorticóide e fosfato inorgânico, foi observada a capacidade de tais células formar em depósitos cálcicos  in vitro. Após transplantação em ratos imunocomprometidos, as células-tronco pulpares exibiram habilidade de formar uma estrutura semelhante ao complexo dentina-polpa, composto de uma matriz de colágeno tipo I altamente organizada, perpendicular à camada tipo odontoblástica, e tecido fibroso contendo vasos sanguíneos, análogo à polpa encontrada em dentes humanos normais. Outros pesquisadores cultivaram o mesmo tipo celular em meio indutor de mineralização semelhante e observaram a formação de hidroxiapatita com pequenas quantidades de carbonatos, característicos de apatitas biológicas.” (p.38)
“Na busca pela formação de um órgão dentário completo, foram desenvolvidos experimentos em ratos, utilizando primórdios da lâmina dentária ao invés de populações de células-tronco isoladas. Isto evidencia uma dificuldade na manipulação de todos os fatores envolvidos no desenvolvimento de um órgão dentário. Além desta problemática é evidente a necessidade da inserção e funcionabilidade do órgão formado, de maneira que possa se integrar ao sistema estomatognático” (p.39)
“Existe um grande avanço nos experimentos com células-tronco adultas provenientes de tecidos bucais. O seu fácil acesso e o fato de não serem órgãos vitais constituem um atrativo para testes de praticidade e viabilidade de técnicas da bioengenharia. É possível que, num futuro próximo, se utilize da bioengenharia na terapia endodôntica e periodontal, apesar de, atualmente, a ciência se encontrar distante de desenvolver órgãos dentários completos a partir de células-tronco, devido aos mecanismos complexos da formação dentária.” (p.39)


Fonte: http://www.scielo.br/pdf/dpress/v12n1/a06v12n1.pdf

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